O traidor de Cristo era chamado de Judas de Queriote (Kriyot) ou "de Cariote", ou seja, Iscariotes. Queriote era o nome de uma localidade situada a 20 Km ao sul de Hebrom (atuais ruínas de el-Kureitein), portanto, ele foi o único discípulo não natural da Galiléia. Era sobrenomeado de “Iscariotes” para ser diferenciado de outros apóstolos (Judas Tadeu e Judas Tomé), e demais homônimos íntimos do grupo encabeçado por Jesus. Judas também era identificado como “filho de (um certo) Simão”, como atestou João (6,71, com adição).

Através da revelação espírita, a exemplo do Espírito Emmanuel, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, em Há Dois Mil Anos (FEB), sabemos que era um homem de natureza mesquinha, ávido por dinheiro e poder. Responsável pela coleta de esmolas do grupo (tesoureiro), prática comum aos pregadores da época, a fim de custear as viagens. Infelizmente, Judas preocupava-se mais em angariar “tesouros terrenos, do que celestiais” (sobre essa frase, ver Mateus 6,19-21).
Suas limitações morais levaram-no a revoltar-se contra o pacifismo do Mestre. Entregou-O, inocentemente, às autoridades farisaicas, a fim de instigar a revolta popular armada contra o governo herodiano, vassalo dos romanos. O acordo secreto que fizera com os fariseus garantia a partilha do poder político com ele e demais aliados, além, é claro, da libertação de seu amigo Jesus. Ao ver-se ludibriado, não suportou o remorso e supliciou-se na forca.
Porém o Iscariotes ocultava dos olhos humanos seu incrível potencial de missionário cristão, pois NÃO FOI POR ACASO que Jesus o convocou ao apostolado (algo, aliás, acertado entre os dois desde muito antes da reencarnação de Judas, no Além).
Pergunta-se, “por que Jesus chamou ao apostolado um homem imperfeito como Judas?” Ora, como Ele mesmo disse, não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos (Lucas 5,31). Não havia homens perfeitos, exatamente iguais ao Cristo, entre os Apóstolos, apenas bem intencionados, “carvões brutos que um dia seriam diamantes”.
O Rabi incumbiu Judas à coleta de esmolas, para que, com o auxílio dos ensinamentos e exemplos na prática do Bem, o discípulo combatesse e vencesse o vício da ganância. Não há mérito àquele que, para não cair em pecado, vive longe do pecado, ou seja, apenas em contemplação. Jesus andava entre os “sujos”, sem “sujar-se”.
Cristo, provavelmente, seria morto COM OU SEM a traição de Judas, pois viveu em uma época extremamente violenta, dominada por déspotas sanguinários. Portanto, Judas nunca foi o vil instrumento da imolação do Cordeiro de Deus.
O Iscariotes foi especialmente escolhido pela Providência, o exemplo-mor do mortal que pode cair e depois levantar-se; pode morrer e ressuscitar moralmente (como veremos mais adiante). Judas, assim como os demais Apóstolos, poderia ter sido um de nós, porque para tornar-se “santo” não basta ter o dom, deve-se merecer a entrada no Reino de Deus.
Jesus sabia que seria traído por Judas Iscariotes, sempre soube. Porém, escolheu o discípulo natural de Queriote pelo motivo de Judas ter tido um grande potencial para ser apóstolo (o Mestre cumpriu o acordo firmado entre os dois, e demais seguidores, antes de nascerem, no Além), e por respeitar o livre arbítrio do Iscariotes, que poderia, se quisesse, não trair o Mestre. Ou seja, a traição de Jesus - somente através de Judas - nunca foi, em essência, um destino inexorável (pensamento de herança grega, vide, por exemplo, as tragédias de Édipo). Entretanto, tal traição, como diversos aspectos da vida do Cristo, foram previstos por alguns médiuns das Escrituras (profetas hebreus do Antigo Testamento ou do período pré-cristão, além de João Batista, contemporâneo de Jesus).
Jesus sabia que seria traído por Judas Iscariotes, sempre soube. Porém, escolheu o discípulo natural de Queriote pelo motivo de Judas ter tido um grande potencial para ser apóstolo (o Mestre cumpriu o acordo firmado entre os dois, e demais seguidores, antes de nascerem, no Além), e por respeitar o livre arbítrio do Iscariotes, que poderia, se quisesse, não trair o Mestre. Ou seja, a traição de Jesus - somente através de Judas - nunca foi, em essência, um destino inexorável (pensamento de herança grega, vide, por exemplo, as tragédias de Édipo). Entretanto, tal traição, como diversos aspectos da vida do Cristo, foram previstos por alguns médiuns das Escrituras (profetas hebreus do Antigo Testamento ou do período pré-cristão, além de João Batista, contemporâneo de Jesus).
Por isso, nós espíritas, repudiamos a tradição popular da Malhação de Judas, pois, além de incentivar a violência, indica que podemos estar dirigindo agressões a qualquer um de nós
Fonte: http://jensoares.blogspot.com.br/.