quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

JOANA D’ARC REENCARNAÇÃO DE JUDAS ISCARIOTES



Depois do ato de suicido de Judas Iscariotes, e tendo passado pouco tempo no vale dos suicidas, ele estando com o espírito profundamente perturbado e enlouquecido, recebeu a visita de Jesus, que permaneceu três dias ao seu lado até que ele adormecesse; só depois desse gesto de amor e de perdão é que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, segundo o Evangelho de João (20: 11 a 18).


Judas obteve a oportunidade de reencarnar diversas vezes na Terra e a sua última reencarnação foi como Joana D'arc, a sua última prova, para resgatar seus débitos para com a sua própria consciência, e se tornar um espírito livre.

Como Joana D'Arc, aos 13 anos de idade começou a ter visões de São Miguel que falava-lhe sobre umas novas aparições, que seria as de Santa Catarina e Santa Margarida que viriam em nome de Deus para cumprirem uma missão, e dar as ordens a Joana D'arc para liderar a França na Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra, como já sabemos. Depois da vitória da França, Joana foi injustamente condenada por bruxaria, heresia e por blasfêmia, por receber tais mensagens, assim considerada bruxa ela foi levada pela Inquisição, onde queimou e sofreu seus últimos instantes na Terra. Ao desencarnar ela se encontrou com Santa Catarina e Santa Margarida, que lhe disseram que Jesus estava pela sua espera há muito tempo. 



Quanto à questão da incompatibilidade dos sexos entre Judas Iscariotes e Joana d'Arc, os Espíritos mentores há tempos esclareceram a questão, através da coordenação kardequiana:

[Pergunta] 201 - O Espírito que animou o corpo de um homem pode, em uma nova existência, animar o de uma mulher e vice-versa?

[Resposta] – Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.

[Pergunta] 202 – Quando está na erraticidade [Além], o Espírito prefere encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?

[Resposta] – Isso pouco importa ao Espírito. Depende das provas que deve suportar.

[Observação de Kardec] – Os Espíritos encarnam como homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, assim como cada posição social, lhes oferece provas, deveres especiais e a ocasião de adquirir experiência. Aquele que encarnasse sempre como homem apenas saberia o que sabem os homens.


[KARDEC, Allan. Livro dos espíritos. Trad. Renata Barboza da Silva, Simone T. N. Bele da Silva. São Paulo: Petit, 1999, pp.104-5, com adições]

Na primeira década do século XX, Léon Denis - patrício e sucessor de Allan Kardec no desenvolvimento e divulgação da Doutrina Espírita - semelhante à "médium-santa" Helena, indicando os lugares de peregrinação na Terra Santa, percorreu sítios frequentados por Joana d’Arc, no coração da França, realizou pesquisas bibliográficas e revelou ao mundo mensagens autênticas da Virgem Guerreira, a fim de compor uma biografia, sob a visão espírita: Joana d'Arc: médium.



Procurou também resgatar a memória de Joana junto aos compatriotas ingratos, pois muitos, incrédulos e materialistas, consideram-na uma grande farsa histórica.

Léon Denis, que além de estudioso era médium ostensivo, sentiu a presença do Espírito Joana d'Arc antes e durante a concepção do livro:

... voltando-lhe ardente simpatia, consagrando-lhe terna veneração e vivo reconhecimento, escrevi este livro. Concebi-o em horas de recolhimento, longe das agitações do mundo. [...] vindo do Alto, um raio de luz me ilumina todo o ser e esse raio emana do Espírito de Joana. Foi ele quem me esclareceu e guiou na minha tarefa.

[DENIS, p. 313].

Denis documentou a aparência "máscula" de Joana, no cárcere (para não atiçar os desejos dos homens), além da coragem e alta habilidade bélica no campo de batalha, que ... não consentia em abandonar as vestes masculinas e este ato de pudor lhe era profligado como um crime! [idem, p.124].


O retrato mais antigo de Joana d'Arc foi pintado por volta de 1485, ou seja, cerca de 50 anos após sua morte. Pinturas suas contemporâneas não sobreviveram ao tempo.

Diversos relatos, da época, ressaltam seus traços delicados e belos de mulher muito jovem, no entanto, durante sua vida militar, vestia-se como soldado, para não diferenciar-se dos companheiros, inclusive quanto ao corte de cabelo: ... "eram pretos e cortados curtos em escudela, de maneira a formarem na cabeça uma espécie de calota, semelhante a um tecido de seda escura." [p. 242].



Retratos (atuais) mais próximos da realidade sobre a aparência de Joana d'Arc.

Denis, quanto ao gênero ou sexo de Joana, ainda acrescenta:

Uma questão aqui se impõe. Por que escolheu Deus a mão de uma mulher para tirar a França do túmulo? [...] Seria [...] porque a mulher é superior ao homem pelos sentimentos, pela piedade, pela ternura, pelo entusiasmo? Sim, sem dúvida, e aí está o segredo da abnegação da mulher, de seu espírito de sacrifício.

[...]

Porém, a tal escolha presidiu razão de ordem mais elevada. Se Deus, aquilatando da fraqueza dos fortes e da prudência dos avisados, preferiu salvar a França por intermédio de uma mulher, de uma menina, quase uma criança, foi, sobretudo, para que, comparando a fragilidade do instrumento com a grandeza do resultado, o homem não mais duvidasse; foi para que visse claramente, nessa obra de salvação, o efeito de uma vontade superior, a intervenção da potência eterna.

[pp. 228-9]


Fonte: http://jardim-espirita.blogspot.com.br - http://jensoares.blogspot.com.br/

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