Judas
Iscariotes (em hebraico יהודה איש־קריות, Yehudhah ish Qeryoth; em grego bíblico Iouda Iskariôth ou Iouda Iskariotes) foi um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, que, de acordo
com os Evangelhos, veio a ser o traidor que
entregou Jesus Cristo aos seus capturadores por 30 moedas de prata. Era
filho de Simão de Queriote (Jo 6, 71; 13, 26). Judas, em grego Ioudas, é uma helenização do nome
hebraico Judá (יהודה, Yehûdâh, palavra que significa
"abençoado" ou "louvado"), sendo, por sinal, o nome de apóstolo
que mais vezes aparece nos Evangelhos (vinte vezes) depois do de Simão Pedro.
O seguimento apostólico
Judas Iscariotes
foi escolhido como um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, sendo
apresentado, na listagem dos seus nomes, sempre em último lugar (Mateus 10:2-4; Marcos 3:16-19; Lucas 6:13-16).
Mais tarde, ele tornou-se infiel e iníquo, conforme apresentado no Novo
Testamento. Era o encarregado da bolsa do dinheiro dos apóstolos: «tendo
a bolsa, tirava o que nela se lançava» (João 12:6).
Teria demonstrado exteriormente a sua fraqueza na cena da unção com óleo perfumado em Betânia, onde testemunhou
que estava mais apegado ao dinheiro do que propriamente aos gestos concretos
com que Jesus demonstrava a sua missão (João 12:1-6).
O Seguimento Jogatinoso
Embora os
Evangelistas digam claramente que «Jesus sabia, desde o princípio, quem
eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar» (João 6:64)
e tivesse sido, de algum modo, aduzido e predito, caso se leia o Salmo 55 como
uma referência ao que viria a suceder com Jesus, que o traidor seria um
"amigo íntimo" - «Pois não era um inimigo que me afrontava;
então eu o teria suportado Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo
amigo» (Salmos 55:12-13)
-, há muitos que contestam se Judas estava ou não predestinado a ser o traidor.
A traição
Judas entregou Jesus por 30 moedas de prata (Mateus 26:15 - Mateus 27:3),
que provavelmente seriam siclos e não denários como frequentemente se julga e afirma. Esse era
o preço de um escravo (Êxodo 21:32).
De acordo com o autor do Evangelho de Mateus, os
principais sacerdotes decidiram não colocar essas moedas no tesouro do Templo de Jerusalém, mas,
em vez disso compraram um terreno no exterior da cidade para sepultar defuntos
(Mateus 27:6-7).
Segundo Zacarias, profeta do
Antigo Testamento, a vida e o ministério do prometido Messias (ou Cristo) seria avaliado em 30 moedas de
prata (Zacarias
11:12-13). Isto significava que, segundo a leitura dos
acontecimentos feita pelo evangelista Mateus, os líderes religiosos judaicos
foram induzidos a avaliar a vida e ministério de
Jesus de Nazaré como dotada de bem pouco valor.
A motivação da sua
ação é justificada ou explicada, nos Evangelhos, de diferentes modos. Assim,
nos Evangelhos mais antigos, os de Mateus e de Marcos, tal deveu-se à sua avareza (Mateus 26:14-16; Marcos 14:10-11).
Já nos Evangelhos de Lucas e de João o seu procedimento é subordinado à
influência direta de Satanás - ο σατανας - (Lucas 22:3; João 13:2-27)
sobre as suas ações.
A morte

Os autores do Novo Testamento, relendo à luz da sua Fé as escrituras do Antigo Testamento, procuraram, de algum modo, mostrar que a
morte de Judas fora análoga à que as Escrituras apresentavam para o "desesperado" («Vendo
Aitofel que se não tinha seguido o seu conselho, albardou o jumento, e levantou-se,
e foi para sua casa, se enforcou e morreu» (II Samuel 17:23) e para o "ímpio" (no deuterocanônico Sabedoria 4:19: «Em
breve os ímpios tornar-se-ão cadáver sem honra, objeto de opróbrio para sempre
entre os mortos: o Senhor os precipitará de cabeça para baixo, sem que digam
palavra, e os arrancará de seus fundamentos. Serão completamente destruídos,
estarão na dor e sua memória perecerá.»).
Assim, no caso do
Evangelho de Mateus se relata que Judas Iscariotes, ao sentir remorsos, decide suicidar-se por enforcamento: «E Judas, atirando para o templo as
moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar» (Mateus 27:5),
e nos Actos dos Apóstolos, o seu
autor conta que caiu de cabeça para baixo, rebentando ruidosamente nos rochedos
pelo meio: «Adquiriu um campo com o salário de seu crime. Depois
tombando para frente arrebentou ao meio e todas as vísceras se derramaram» (Atos 1:18).
Procurando-se harmonizar e combinar os
dois relatos da sua morte pode-se dizer que Judas se terá enforcado, mas que a
corda - ou o ramo da árvore onde esta estava atada - se terá quebrado. A vaga
por ele deixada - segundo Atos 1:26 -
foi preenchida por Matias.
Fonte:http://pt.wikipedia.org
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