É um evangelho apócrifo, atribuído
a autores gnósticos nos meados do século II, composto de 26 páginas de papiro
escrito em copta dialectal que revela as relações de Judas com Jesus Cristo sob
outra perspectiva: Judas não teria traído Jesus, e sim, atendido a um pedido
deste ao denunciá-lo aos romanos.
Desaparecido
por quase 1700 anos, a única cópia conhecida do documento foi publicada em 6 de
abril de 2006 pela revista National Geographic. O manuscrito, autentificado
como datando do século III ou IV (220 a 340 D.C.), é uma cópia de uma versão
mais antiga redigida em grego. Contrariamente à versão dos quatro Evangelhos
oficiais, este texto clama que Judas era o discípulo mais fiel a Jesus, e
aquele que mais compreendia os seus ensinamentos. O seu conteúdo consiste
basicamente em ensinamentos de Jesus para Judas, apresentando informações sobre
uma estrutura hierárquica de seres angelicais e outra versão para a criação do
universo.
Discípulo favorito
"Aqui Judas não é o malvado, corrupto, perverso e quase demoníaco seguidor de Jesus que trai o seu mestre; é, pelo contrário, o mais íntimo e próximo amigo de Jesus, aquele que conhecia e compreendia Jesus melhor do que qualquer outro e que apenas denunciou Jesus às autoridades porque essas foram as suas instruções", sublinha Bart Ehrman, director do departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte.
"Tu excederás todos os outros. Pois tu sacrificarás o homem que me veste", escrevem os autores (desconhecidos) do Evangelho de Judas. O documento descreve conversas em que Jesus revela a Judas Iscariotes as verdades do mundo - o caos, o cosmo, os anjos, a criação da humanidade -, reforçando a ideia de que aquele era o discípulo predilecto e o único capaz de compreender o seu mestre. "Afasta-te dos outros e eu dir-te-ei todos os mistérios do reino. É possível alcançá-los, mas sofrerás muito", diz Jesus. O Evangelho aborda ainda o desprezo dos outros discípulos: "Numa visão, vi-me no meio dos doze discípulos, que me perseguiam e apedrejavam", descreve Judas. "Serás amaldiçoado pelas outras gerações -, mas acabarás por governar sobre elas", responde Jesus. Nenhum dos textos canónicos, nomeadamente os quatro evangelhos do Novo Testamento, oferece uma explicação consistente para a traição de Judas: Mateus, Marcos, Lucas e João interpretam de maneiras diferentes o mais enigmático episódio da Paixão de Cristo, apontando a ganância ou a influência do demónio como as razões que levaram Judas a denunciar Jesus às autoridades romanas. Agora, o Evangelho de Judas avança a predilecção de Jesus, e a devoção do seu discípulo, como os motivos que estão por trás da traição.
"A descoberta do Evangelho de Judas é um excitante avanço arqueológico que nos permite compreender melhor o mundo do início do Cristianismo", considera Donald Senior, professor de Estudos do Novo Testamento em Chicago. "Mas não rivaliza com os outros evangelhos e escritos canónicos nas suas considerações teológicas e históricas", acrescenta.
"Aqui Judas não é o malvado, corrupto, perverso e quase demoníaco seguidor de Jesus que trai o seu mestre; é, pelo contrário, o mais íntimo e próximo amigo de Jesus, aquele que conhecia e compreendia Jesus melhor do que qualquer outro e que apenas denunciou Jesus às autoridades porque essas foram as suas instruções", sublinha Bart Ehrman, director do departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte.
"Tu excederás todos os outros. Pois tu sacrificarás o homem que me veste", escrevem os autores (desconhecidos) do Evangelho de Judas. O documento descreve conversas em que Jesus revela a Judas Iscariotes as verdades do mundo - o caos, o cosmo, os anjos, a criação da humanidade -, reforçando a ideia de que aquele era o discípulo predilecto e o único capaz de compreender o seu mestre. "Afasta-te dos outros e eu dir-te-ei todos os mistérios do reino. É possível alcançá-los, mas sofrerás muito", diz Jesus. O Evangelho aborda ainda o desprezo dos outros discípulos: "Numa visão, vi-me no meio dos doze discípulos, que me perseguiam e apedrejavam", descreve Judas. "Serás amaldiçoado pelas outras gerações -, mas acabarás por governar sobre elas", responde Jesus. Nenhum dos textos canónicos, nomeadamente os quatro evangelhos do Novo Testamento, oferece uma explicação consistente para a traição de Judas: Mateus, Marcos, Lucas e João interpretam de maneiras diferentes o mais enigmático episódio da Paixão de Cristo, apontando a ganância ou a influência do demónio como as razões que levaram Judas a denunciar Jesus às autoridades romanas. Agora, o Evangelho de Judas avança a predilecção de Jesus, e a devoção do seu discípulo, como os motivos que estão por trás da traição.
"A descoberta do Evangelho de Judas é um excitante avanço arqueológico que nos permite compreender melhor o mundo do início do Cristianismo", considera Donald Senior, professor de Estudos do Novo Testamento em Chicago. "Mas não rivaliza com os outros evangelhos e escritos canónicos nas suas considerações teológicas e históricas", acrescenta.
Fonte: http://pt.wikipedia.org - http://www.publico.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário